OTÁVIO SALINAS

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Estado admite dificuldades para novo piso salarial

O governo do Estado pode não pagar o novo piso salarial dos professores da rede pública, reajustado em 1º de janeiro para todo o Brasil. A má notícia veio do próprio secretário de Planejamento, José Colares, durante audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa (AL), por iniciativa da Comissão de Finanças, a fim de debater a prestação de contas do Poder Executivo referente ao terceiro quadrimestre de 2014.
Na ocasião, ele admitiu que a administração de Simão Jatene (PSDB) não está sabendo como lidar com os novos valores. Por conta disso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) formalizou denúncia no Ministério Público do Estado, na última quarta-feira, contra o tucano e deve promover manifestação no dia 19 de março, caso o reajuste não seja efetivado até o dia 15.
“Este é um desafio sobre o qual nós vamos ter que nos debruçar para, juntos, encontrar soluções”, declarou o titular da pasta, a respeito do pagamento do piso salarial para os professores. Deputados da oposição criticaram, durante a audiência, o fato de que o governo não tem projetos para aumentar a receita do Estado e não esclareceu até agora como vai fazer frente ao aumento das despesas com os funcionários inativos e com os compromissos assumidos com os trabalhadores da área de Segurança Pública do Pará.
“O governo pode estar anunciando uma situação positiva que na verdade não existe. Nós queremos saber qual a real situação [do Estado]”, disse o deputado Iran Lima, líder do PMDB na AL.

NOVO VALOR
O novo piso salarial é de R$ 1.917,87, mas ainda não houve alteração no contracheque este ano no Pará. A segunda promotora de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais dos Direitos Humanos, Suely Catete, recebeu anteontem a categoria, que adiantou a possibilidade de uma possível paralisação motivada pela ausência de reajuste. 
A Secretaria de Estado de Administração (Sead) se reúne com o Sintepp no início do próximo mês para apresentar uma proposta para o impacto de R$ 33 milhões da folha de pagamento do Estado.

(Diário do Pará)

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